I- Parceria com escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.
O trabalho é realizado em grupos de conversas com os pais.
Enfoca a difícil missão de educar nos dias de hoje sem regras pré-estabelecidas, uma vez que parte do pressuposto de que a melhor posição em relação aos filhos não se define a priori, mas surge da percepção e do entendimento próprio de cada situação.
São conversas sobre o relacionamento com os filhos que permitem aos pais fazer mudanças no exercício das funções paterna e materna. Esse trabalho facilita a travessia de momentos críticos que sempre surgem nas relações familiares.
Os temas de cada encontro são definidos a partir de diálogo entre nós e os orientadores da Escola. Essa conversa permitirá estabelecer um diagnóstico das situações do momento e as prioridades nos assuntos a serem tratados.
Nossa prática tem demonstrado que essa abordagem, mesmo sendo pontual, promove mudanças significativas.
Os problemas enfrentados pelos pais com dificuldade e preocupação, assumem outra proporção quando discutidos e compreendidos em grupo. O efeito é de alívio da angustia e descoberta de saídas mais felizes para situações que estão se repetindo exaustivamente.
- Forma de atendimento
O trabalho se desenvolve semanalmente em encontros grupais de uma hora e meia de duração. Nossa experiência tem mostrado que três encontros entorno de um tema definido com descrevemos acima, são muito produtivos.
II- Parceria com escolas de ensino superior.
Proposta de Plantão Psicológico em Institutos de Ensino Superior.
A- Justificativa
O ingresso do aluno nas IES é marcado por uma constelação de aspectos pessoais e sociais que exercem grande influência no seu destino universitário.
Para a maioria deles, trata-se de uma conquista que pavimenta os primeiros passos da construção do futuro profissional. O momento é marcado por alta expectativa, pressão interna, familiar e social.
Frequentemente, há um hiato entre a escolha idealizada que povoa a mente do adolescente, e a realidade com a qual se defronta no inicio dos estudos superiores.
Muitas vezes há decepções nos primeiros meses. Não por acaso, é o momento das evasões e conflitos com a escola. Esse contexto torna o aluno vulnerável, com baixa tolerância à frustração e incerto de suas escolhas. É o terreno propício para se deflagrar uma crise com saídas equivocadas que não solucionam, mas retardam o caminho da profissionalização. A persistência e permanência no projeto em curso dependerão da forma como se resolverá a crise.
B- Características da Adolescência
- Assunção de uma identidade própria
- Sonhos de um projeto profissional
- Idealização de missão pessoal
- Abandono dos ideais infantis
- Relacionamento interpessoal com preferência por grupos não familiares
- Mudança no relacionamento com o grupo familiar
C- Pressões que atuam no início do curso
- Grande expectativa e idealização
- Desejos dos familiares e carências sociais.
- Choque diante das diferenças em relação ao ensino médio
- Competição entre os futuros colegas de profissão
D- Principais desafios da nova posição estudantil
- Construção do projeto profissional
- Desenvolvimento das competências técnicas necessárias
- Desenvolvimento da capacidade de inserção no mercado de trabalho
- Conhecimento dos ideais que impulsionam o desejo profissional
- Construção do esboço de uma missão
E- Motivos para uma saída equivocada dessa crise
- Decepção em relação ao curso pela quebra das idealizações
- Atribuição da causa dos sentimentos de impotência à escola e arrependimento.
- Falta de crença nas próprias competências e habilidades.
F- Objetivo do programa: Construção da alternativa criativa
- Propiciar ao aluno em crise, a oportunidade de ser ouvido no momento de eclosão da angustia.
- Levá-lo a reavaliar suas queixas, posicionar suas expectativas, elaborar as frustrações, conectar seu projeto de futuro com o presente e reduzir o hiato entre as idealizações e a realidade.
G- Benefícios para o aluno
- Redução do nível de ansiedade.
- Aprimoramento da construção de sua escolha.
- Aumento do compromisso com o curso.
- Redução de evasão determinada por impulso ou intolerância à frustração.
H- Benefícios para a instituição
- Redução de evasão por impulso ou equívoco na análise da situação.
- Maior credibilidade dos alunos na parceria com a escola.
- Diminuição de trabalho para os funcionários
- Melhoria do clima na Instituição
- Melhor aproveitamento dos alunos
- Redução dos problemas de relacionamento interpessoal.
- Coleta de dados para diagnóstico institucional.
I- Ação
Propomos realizar plantão de atendimento a alunos de primeiro ano que estejam enfrentando situações como:
- Descontentamento com o currículo escolar
- Dificuldade de relacionamento com colegas ou professores
- Dúvidas em relação à escolha profissional
- Crises pessoais que afetem o rendimento escolar
- Sentimentos de desanimo e solidão
A carga horária dos plantões será moldada segundo as necessidades da instituição.
J-Relatório para a Diretoria da Escola
O contato com os alunos nos permite uma análise das percepções que eles têm da escola como instituição de ensino, dos professores e funcionários. Derivam-se daí possíveis sugestões que trazem a vantagem de virem de profissionais não pertencentes ao âmbito institucional e, portanto, mais isentos. Novos elementos serão acrescidos aos conhecimentos que a escola já possui.
Essa análise sempre será feita sem revelar o material pessoal das conversas com os alunos.
III- Programa de Vitalização no Trabalho
Trata-se de um programa desenvolvido para líderes e profissionais que estejam atravessando um período de desvitalização na relação com o trabalho. A falta de motivação e entusiasmo, os sentimentos de tédio, peso e rotina sem sentido, a queda de criatividade e eficiência, os quadros psicossomáticos são manifestações do que chamamos desvitalização. Situações desse tipo devem ser tratadas e resolvidas, pois além de causarem sofrimento pessoal, têm amplo poder de irradiação, refletindo negativamente em todo o grupo de liderados e colaboradores.
Propomos, nestes casos, um atendimento individual que se constrói sobre o caminho único da história de cada profissional. O objetivo é recuperar suas forças psíquicas para impulsionar o potencial de trabalho. Trata-se de mobilizar energias para a realização do profissional na direção dos seus ideais.
A construção do programa está baseada em pesquisa que realizamos junto a executivos. Nossa experiência clínica permite conduzir o processo utilizando teorias psicanalíticas, mas trabalhando com tempo determinado e etapas bem definidas.
Muito interessante o trabalho que vocês propõe e colocam a disposição. Hoje o psicanalista tem liberdade para usar uma teoria que se desenvolveu de modo bastante complexo transformada em um método rico e aplicável nos mais diferentes momentos da vida. Restringir o método psicanalítico a sessões de psicoterapia ou análise, se quisermos ser mais puristas, representaria perda de potencial extraordinário das aplicações possíveis.. E boas aplicações como essas mencionadas acima: se referem a momentos vividos como críticos, e um bom encontro pode representar mudanças substancias na vida.